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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

SEMPRE EXISTIU TRABALHA NA CORRIDA?



SEMPRE EXISTIU TRAPAÇA NA CORRIDA?


Revendo minhas fotos e relembrando cada conquista, diga-se de passagem, com muito suor, me veio à cabeça uma episodio muito chato de trapaça em corridas. Foi em junho de 2006, no Circuito das Praias, etapa da Praia Grande, quando conquistei o 4º lugar na minha categoria (na época era 25-29).
Após a 1a colocada causar muita estranheza, por terminar a prova tão rápido e por seus tempos habituais não serem lá grande coisa, foi descoberta a grande farsa: ao invés de correr 10km como todas nós, ela correu apenas 5km! Conclusão, até consegui, após mandar e-mails para os organizadores da prova, juntamente com resultados de outras corridas que comprovam que a atleta não teria condições de terminar a prova em tempo tão baixo, desclassificá-la, mas o troféu de 1º lugar, ela levou! Tudo bem...deixa pra lá.
No entanto, anos depois, começo a me deparar com esse mesmo problema e agora com muita frequência. Fato comum, vermos nas provas, gente cortando caminho, correndo com chip do outro e uma série de maracutaias que só de pensar já me da vontade de arremessar o tênis na cabeça do indivíduo.
E isso fez com que eu,  curiosa assumida, fizesse uma pesquisa a cerca do assunto. A pergunta é essa:

Será que haviam trapaças dessa natureza na antiguidade, ou será que tal fama será eternamente conferida a nós, brasileiros?


Então, vamso sanar a dúvida: Os Jogos antigos eram barulhentos, fedorentos e muitas vezes escandalosos, tão políticos quanto os de hoje e chegaram a ter uma batalha no meio de uma luta de boxe - imaginei aqui uma espécie de Jogos Vorazes.
Autores antigos descrevem como as condições eram repugnantes, com o calor, moscas, empurrões e o cheiro, e mesmo assim dezenas de milhares de pessoas chegavam.
Pessoas viajavam de todo o mundo grego, da Península Ibérica ao Mar Negro. Os Jogos eram como uma cola que mantinha a diáspora grega unida. Alguns dos males dos Jogos modernos não eram desconhecidos na antiguidade.
Havia trapaça, quando atletas arranjavam resultados, tentavam subornar árbitros ou mentiam a idade para poderem competir em categorias específicas - Mas genteeeeee, isso já acontecia lá atrás? Já diria o sábio Chaves: Pois é, pois é, pois é...
Não havia doping como hoje, mas as pessoas sabiam que uma certa dieta, por exemplo com muita carne, podia tornar alguém mais forte -- sempre houve lendas de atletas que comiam um boi inteiro.
A trapaça era considerada uma ofensa aos deuses e as regras eram duras. Uma saída em falso numa corrida podia ser punida com chicotadas.
Um caso de trapaça pode estar por trás de uma das mais famosas tradições dos Jogos antigos -- competir nu. Os atletas usavam roupas até que Orsippos de Megara iniciou uma nova moda ao perder o calção durante uma corrida em 720 a.C. O calção caiu durante a corrida, e ele ganhou mesmo assim e iniciou uma moda. Ninguém tem certeza se foi um acidente no calor da corrida, ou se ele fez de propósito porque percebeu que poderia ir mais rápido nu. Aiiiii, se a moda pega!!!!
 Os vencedores ganhavam somente uma coroa de folhas de olivas em Olímpia, mas recebiam dinheiro, privilégios e honras em suas cidades de origem. Atenas era uma das cidades mais generosas e oferecia aos vencedores cerca de 500 dracmas, valor relativo aos salários de cerca de dois anos, além do direito de não pagar impostos e de receber refeições gratuitas pelo resto da vida.
Os incentivos financeiros eram tão tentadores que alguns atletas deixavam de lado a lealdade às cidades onde nasceram e passavam a representar outra, irritando os fãs. Alguns usavam a vitória olímpica para ambições mais terrenas, como carreiras políticas. Alcebíades, nobre de Atenas com ambições políticas, comprou seis bigas para participar da corrida de sete bigas e ficou em primeiro lugar. Ele voltou para Atenas como herói e usou sua vitória como argumento para obter apoio em debates na cidade.
Muitos perdedores não voltavam para casa por vergonha ou medo de represálias sociais. Como vemos, a coisa não mudou muito não, o que mudaram foram as táticas para conseguir obter alguma vantagem.
Fato é que eu jamais  me submeteria a trapaçacear para subir ao pódio. Não haveria o gostinho da vitória, e nem significaria nada aquele troféu no meu quarto. Mas...infelizmente, nem todos pensam assim, e sair de uma competição com um troféu  ou medalha na mão, ainda que o tenha ganho de forma desonesta, continua sendo motivo de orgulho! Fazer o quê? Tempos modernos!
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1 comentários:

  1. A sacanagem já existia. Como você disse , assino embaixo. Para mim também não tem valor uma premiação ganha através de trapaça. Ainda tem gente que segue a Lei de Gerson. Não são verdadeiros esportistas.

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